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Ô abre alas que AS ARTEIRAS vão passar!

Olá, meus pequenos alecrins! Como estamos hoje? Ansiosos pela vacina e tendo pequenos surtos diários? Tudo dentro do "novo normal", então.

Bom, todos que me conhecem sabem da minha idoneidade... brincadeira! Vamos ao papo sério! Eu, como boa miçangueira que sou (gíria millennial para "arte"), tomarei o tempo de vocês para falar livremente sobre isso mesmo: ARTE. 

É de conhecimento geral que o Brasil é uma terra extremamente fértil para as artes, isto é, somos das maiores produtoras de conteúdo artístico no mundo! Porém... infelizmente, também somos aquela que menos o valoriza.

E isso é facilmente comprovável. Ora, não devo ser a única brasileira a ter ouvido que artista é vagabundo. Ou que leis de incentivo à cultura são um gasto desnecessário, ou sobre "os parasitas da lei Rouanet". Ou ainda que fazer faculdade de arte é a receita para passar fome.

Nesse sentido, questiona-se: qual a utilidade da arte? Ou, ainda, qual o seu lugar?

Particularmente, eu sou do tipo que gosta de filmes de terror de qualidade duvidosa, daqueles com zumbis e tudo mais, e não pude deixar de pensar, enquanto assistia a um deles, "dentro de um apocalipse, qual seria minha utilidade?" Quero dizer, sou professora e a moça do design, gosto de desenhar e esculpir, mas, convenhamos, não poderia sentar com um zumbi e fazer um belo jarro de barro ao som de "Oh my love, my darling / I've hungered / Hungered for your touch / A long lonely time / And time goes by so slowly" (em uma quase cena de amor antropofágico - pegaram a referência de Ghost?). 

É claro que minhas habilidades artísticas seriam absolutamente inúteis contra um zumbi. Isso é um fato. Mas, ainda dentro de um cenário apocalítico, nessa pandemia que vivemos, com milhares de mortes diariamente, vacinação incerta, perigo constante de falta de leitos, máscaras sufocantes, isolamento dos amigos e da família... o que nos salva, todos os dias, é a arte. Sim, são os filmes, as séries, os livros, os quadrinhos, os desenhos animados, as músicas, as lives, o artesanato, a culinária, o BBB... que salvam nossa mente, nossa sanidade. E, se me permitem a analogia, é a arte que nos impede de nos tornarmos mais um zumbi, daqueles filmes questionáveis que eu assisto, que apenas sobrevive por mais um dia e é incapaz de qualquer outro raciocínio.

Então, voltando à pergunta, qual a utilidade da arte? Nos manter vivos. Literal e figurativamente falando.

Quanto ao lugar dela, bom, é disso que se trata esta postagem, porque esperamos que o lugar da arte seja em todo lugar, inclusive neste blog. E, com isso, inauguramos oficialmente a seção "As Arteiras"  que procura viabilizar um espaço para outras miçangueiras que inspiram VIDA!

O próximo post trará a primeira Arteira, que é uma musicista, compositora e cantora. Corre lá pra ver! E, se você também é do time das miçangas e quer compartilhar um pouco de seu trabalho, entre em contato através do email coletivolelias@gmail.com ou pelo FALE CONOSCO, neste blog.

Coletivo de mulheres feministas de esquerda que busca atuar de forma a ampliar a representatividade política feminina no município de Cataguases, MG.

Comentários

  1. Vamos que vamos de novidade@!!Arteiras no ar!!! Arte é resistência e nos dias atuais sobrevivência. Lindo texto,Menina do Designer.

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  2. Que maravilhaaaaa! Aguardando as arteiras chegarem! 🥰

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  3. Tem como não amar essa menina do designer, me digam?

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